Luandro

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Livre como o vento



Adolescente tresloucada,
Apaixonada, desnuda de sofrimentos,
Enamorada pelo prazer de amar,
Numa loucura sem fim,
Tanto tempo é passado,
Desse amor idealizado,
Em que não houve soma,
Somente subtração
Do teu doce amor juvenil
O que sobrou? Nada...
Seguiste teus sonhos,
Que no espaço se perderam.
Não reclama!

É fértil o teu campo da saudade.
Teu corpo e mente o sentem.
Criam asas, alçam vôos,
Como os dedos de um maestro
Nunca esquecem e se concentram
Deslizam pela leveza,
Pelo prazer de dar prazer,
De novo, um dueto interpretam,
Com força e ritmo,
Todos os sentidos em harmonia,
Que transformam o ato
De amar em melodia,
Lotada de sonhos
E de luz que nunca se acaba,
Pois murmura em tua alma...

Vive sem medo!
Se até as árvores mais resistentes
Enfraquecem e, um dia, caem,
Para que arrependimentos!
Após a chuva ou o frio,
Livre como o vento,
Ouve as canções de amor,
Doces palavras de ternura,
Dorme, tranqüila, em seus braços.

Lembra-te!
No horizonte,
Todo o universo se encaixa,
No encanto que o ver o sentir trazem.
Sem tirar nem pôr:
Um hiato de felicidade.
Um perfume.
Uma idéia.
Deixa as lembranças te guiarem,
A saudade e o sonho
Nunca deixam de tecer,
Com fios dourados
Uma nova estrada.

Não importa até quando!







Luandro
Enviado por Luandro em 20/11/2012
Alterado em 26/11/2012


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