Luandro

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UM BEIJO E DOIS DESTINOS:ABERTO A SUGESTÕES

 
Raro, muito raro, encontrar um jovem , que ,hoje, aos dezessete anos, procure alguém de épocas tão distantes e diversas para colher uma opinião. Eis aí a questão. Quem sou eu para dar essa opinião, se uma flor deve - ou não – vicejar naquele coração, assim como no da menina envolvida. Que entendo eu desse sentimento que detive em meu coração – e ainda o tenho – mas não o vivi. Ah, se aquele menino soubesse como desejaria voltar no tempo, esperando novamente pela chegada de alguém que, tragicamente, se foi.
Mas, o assunto é outro. O amor se instalou naquele coração, fez morada e já espalhou muitas raízes, valendo-se da sensibilidade daquele “menino”. E como ama! Se assim não fosse, nada perguntaria. Não serão as palavras que, porventura, eu tenha dito que vão mudar a beleza infinita que ele já sente. Vida nova, olhos brilhantes, rosto iluminado, jeito diferente de dizer tudo que se refere à amada. Assim, pude observar. Na verdade, vi um pouco da beleza do universo naquele coração que se entregou.
Os dons do amor são muitos. Porém, ele transforma. Aquele jovem quer sentir o calor da retribuição, o aconchego de uma palavra em que repousa a Paz, a Alegria. Pode ser somente um olhar, mas a entrega abençoada, que muda a vida. Ele quer aqueles olhos que falem sem nada dizer, entretanto que curem a ferida que nele ficou. Seu coração foi incendiado e as chamas continuam. O problema é se –do lado da menina – o mesmo ocorre. Por quê? Porque ele a viu trocar um beijo com outro, quando estavam separados. Na imensidão do amor e do que é “culpa”, ele viu a jovem em que tudo admira separar-se dele, por meio daquele beijo. Ele clama por respostas, pois não aceita o beijo que o feriu.
Dirão muitos:
- Que tolice! No tempo dos “ficantes”. Para esse jovem não é assim. Um beijo é “ a porta de entrada “ de muito...muito mais do que se imagina. Não falarei das várias espécies de beijos, pois não sei. Lembro, apenas, que há beijos eternos. Beijos de indiferença (não estou falando dos profissionais). Beijos traidores. Beijos inconseqüentes e tantos...tantos outros. Creio que o da menina -salvo outras opiniões – foi do último tipo. Um beijo que aconteceu com outro em um baile.
Para o jovem que ama não foi mais a mesma coisa para ambos. Embora tenham tentado, ele a acha diferente e a garota também diz o mesmo. Não a conheço,só por fotografia. No entanto, o que importam as circunstâncias? Ele quer o amor mais firme que houver, imune a tudo. O olhar do jovem é um dia claro, sempre aberto, buscando a sinceridade de um sentimento. Ela – pelo que vi – muito bonita. Contudo, um olhar “a Capitu”. Não há palavras que expliquem. Ele busca a perfeição. Meu Deus, eu sei que ela não existe. Mas, diante de um coração ansioso e sofredor – que vai muito além dos livros - pois o amor pode a vida transformar em um segundo, restou-me pedir que observasse, sem nada decidir. Que seu poder – e extrema sensibilidade – dê tempo, pois esse grande mestre sabe nos colocar promessas , desafios e desejos em nossos caminhos. A resposta, está em cada um de nós, dia e noite. É só escutar. Como? As vezes, não queremos ouvir. Ou não devemos?
Portanto, eu não tenho conhecimento para saber orientá-lo. A batalha que trava é com ele próprio e as fraquezas humanas, pois a sua grande dúvida: se é amado por sua bela menina, que conhece desde a infância, e, às vezes, quase ex-namorada, outras, novamente, namorada, está dentro dele.
Nessa fase cruel e sombria da incerteza, embora tenham outro encontro já marcado, ele espera converter a dúvida em certeza. Ele espera pelo amor, como cura de todos os seus males Ele se agarra à esperança, posto que acredito que não queira conviver com o outro lado. Quem pode mudar isso está além do horizonte. Peço ao Criador que proteja a ele e ela e que o melhor aconteça para essas duas almas (aliás, eu não disse que ele acredita que ela é sua alma gêmea).
Sei que ele fará Física e ela História. Por isso, acredito que Deus - que tudo sabe – conhece um coração sincero. Só Ele tem a resposta. Espero que esse menino olhe para o céu e saiba decidir e não sofra. Que não tente apenas entender. Sinta!
Se alguém – que se der ao trabalho de ler estas palavras, escritas com sinceridade – digam o que fazer pela experiência, pois nada mais sou do que “vó-professora” me despedindo da Escola, mas que ainda vê castelos de amor em construção
Luandro
Enviado por Luandro em 22/03/2015
Alterado em 22/03/2015


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