Luandro

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Dois Jovens; muito jovens e um apelo

Dois Jovens: muito jovens e um apelo...

Como? Não sei de que modo se perdeu a força do amor. Do verdadeiro amor.
Ainda ontem observei dois jovens, de fato de tenra idade. Não! Ali não havia mais amor. Que não se chame a isso de modernidade...

Notei que os dois mal se conheciam, pois vinham ambos pela rua. De repente, num olhar com faíscas de puro desejo, os dois pararam. Ela nem bonita nem feia. Ele,um rapaz comum. Não podia ouvir o que diziam, tampouco devia. Percebia-se, porém, o convite. Não houve mãos dadas. Não. Não houve o encanto da conquista. Houve só entrega. Puro prazer passageiro.

Creiam! Não há qualquer nostalgia no que escrevo. No entanto, aonde iremos parar com o sexo desenfreado. As crianças concebem crianças sem ter as mínimas condições de educá-las. Será, meu Deus, que esse foi o Vosso mandamento. Não! Não está aí a razão maior de tanta falta de amor. De tantas crianças ao Léo. De tantas crianças, chegando à escola, sem que alguém que lhes tenha contado uma história.

Eu acredito no amor. Na sua força eterna. Contudo, acredito que dois jovens, pelo fato de o serem, poderiam dar-se tempo. Desfrutar do prazer de um conhecer o outro e não prosseguirem, após um ato, por estradas tão contrárias, deixando, não raro, um ser concebido, que será mais um desaperbido pela sociedade.

Se fossem apenas esses que, de repente, na rua, a um canto, esquecem de suas responsabilidades, pois - se a sabem – não as cumprem. São quase todos, de quaisquer classes. Com louváveis exceções e eu conheço várias, eles só pensam no direito de se divertir e “pegar” a menina. Do mesmo modo, elas assim fazem. Basta atentar para as letras das músicas de “funk”. Nada contra a música, desde que a letra não incentive a volta à idade em que homem se guiava só por instintos. Isso é que ora ocorre

Meu Deus, eu convivo com isso. O descaso com a educação já está enraizado na sociedade e, com ele, a falta de respeito por seu próprio corpo. Hoje, o Direito já concebe vários tipos de família. Será, entretanto, que não devemos implorar, apelar, rezar, orar, pedir que os entes responsáveis (e todos o somos) façam alguma coisa para não deixar que a juventude de hoje, a de ontem, a de anteontem – o problema é grave – cesse de colocar no mundo pequenas criaturinhas que nada receberão de afeto, porque nele não foram concebidos. Que dirá o amor e a educação.
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Luandro
Enviado por Luandro em 18/11/2011


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