Um único destino
A vida Dá-se em frações impróprias, Todo dia, Toda hora. Ironia maior, Renúncia após renúncia, Espelho quebrado, Que, de longes em longes, Espia-nos, Mas, logo vai embora. O doce olhar de outrora, Hoje é poente, Expressão comovida, No coração reencontrada, Do agora. Nada mais! Chama adormecida. Um barco, Com um âncora no fundo, Sem rumo, Insiste, Navega sobre o mundo. Nele jaz aquele coração, Teimoso, Em pedaços, Fracionado, Sem nunca fazer um todo. Barco de velas rotas, Ao vento, Deixa-se ficar, Sem destino, Nem porto. Pelas frestas, Veem-se os braços de Paz A acenar Com infinita ternura. É Deus! Luandro
Enviado por Luandro em 06/04/2012
Alterado em 06/04/2012 |