Caminhos e Atalhos
Quanto não poderia ter sido? Onde, porém, ficou meu ser? Pela vida, caminhos, atalhos... Nas pedras branquinhas em que pisei, Ao atravessar caudalosos rios . . Em busca de uma flor Que, apenas antevia, Ao sabor da emoção. Profunda! Sentida! Em minha alma. Castelos erigi. Em vão, ofertei, Cada fibra de mim Rindo o riso das crianças. Descuidadamente! Sem mentiras. Sem silêncios. Só os eloquenes.... Nunca houve esmolas. Um enleio de sonho, Com músicas celestiais, Que ainda ouço, Como mantras, Nas voz dos anjos. Por quê? Por que a razão não ouvi? Quis crer. Esqueci o ceticismo... Voei. Transportei-me a esferas etéreas! No acalanto sublime da Doçura, Que só pode ser encontrada No ápice do arco-íres do Amor. Talvez, na Aurora, mãos dadas, À beira-mar. No Poente, olhando o infinito, Vislumbrando o amanhã. Na varanda de uma casinha, Sentido a chuva, Na terra molhada. Gotas de amor lá fora, Que encontravam duas a duas. Mas, a existência é rápida! Falaz! Recriminações? Não pude contrariar o destino! Os desenganos andam conosco, Sempre à frente, Enquanto as esperanças, Ficam para trás, Céleres, As ilusões se desfazem Então tudo que poderia ter sido... Não fui! Nada, porém, foi em vão! Vivi – e vivo - em cada olhar, Em cada ser O encanto único do Amor! Que importa a obra que não fiz? Luandro
Enviado por Luandro em 12/04/2012
Alterado em 13/04/2012 |