Exílio de mim
Contemplo o extremo de mim. Infinitos mundos mudos, Tudo arrefecido, Repentino pretexto, Mãos estendidas, Que o coração expia, Gestos passados, Uma espécie de véu de seda, Que nunca se desdobra, Cósmicas formas humanas, No estardalhaço dos pardais, Que desafiavam minha imaginação. Sublevação, Irreverência, Um projeto de vida. Tantas folhas verdes, Acariciei na chuva macia, Como brinquei nas enchentes, Desintegrando o destino, Entre pulsações e oscilações Atropelada por paixões. Lágrimas petrificadas, Mergulhadas nas íntimas profundezas, Um encontro compreensivo Com fantasmas, Pilares de um futuro, Carências despertadas, Espaços abrigados, Hoje caricaturas Com suas consequências futuras, Frutos amarelados, Mas de vários matizes, Todos náufragos, Conduzindo visões Pelas quais doei minha vida. Meigos sonhos, Divagando, Devagar. Assonâncias, De onde ainda afloram sentimentos, Ignorando o exílio, Os gritos invioláveis do tempo, Simetricamente, Murmurados aos meus ouvidos. Luandro
Enviado por Luandro em 03/11/2013
Alterado em 05/11/2013 |