Nada foi em vão
É preciso dar colorido às palavras, Em estranho abandono, Dancemos ao som da música da vida, Em sintonia com o pulso do universo. É preciso viver da esperança que resta e Cintila, ainda, com as cores do infinito. A beleza está em tudo que se contempla. Mesmo em meio ao silêncio e à solidão, A harmonia e a paz interior florescem. Na paz e na suavidade do amor universal Há poderosa magia, Está presente em nossos corações, Sem utopias, mas encantamentos , Que nunca deixam a alma aprisionada E levam para longe as sombrias nuvens. Por isso, o olhar, mesmo que de pranto marejado, Deve deslizar, mansa e ternamente, Nas ternas joias que tuas mãos, Hoje, ermas, embalaram, Erigindo eternos bens. Quantos cálices de luz e perfume ficaram cheios. Precioso perfume ainda pode ser sentido E hoje deve alimentar, Em gestos longos e suaves, Outras belas quimeras De quem, um dia, era a essência Da tua própria vida, a cada sorriso ou palavra. Agora, como pássaro que voou, Recorta seus castelos, Erigidos por novos amores, Do mais puro azul, Vivendo, suave, em outro ninho. A arca do coração aberta e vazia ficou, As joias, porém, que dela foram tiradas, São luz da luz, pois vêm do coraçao, Compõem a noite estrelada de tantos sonhos. De vidas que derramaram o mais puro amor. Nada foi em vão! Luandro
Enviado por Luandro em 04/01/2014
Alterado em 05/01/2014 |