       |
 Carta a um Filho (muito simples)
Carta a um filho, sem data, posto que é atemporal e que nunca será, de fato, enviada, porque, talvez, não fosse lida. Querido Filho, O perfume do milagre de educar, de guiar, de ver uma uma criança crescer fica sempre nas mãos de quem o faz. Jamais esse vínculo será fugaz ou desaparecerá. É cósmica a sensação do encontro entre mãe e filho ou pai e filho, sobretudo, quando cientes de que são humanos tudo fazem para serem dignos do milagre da missão que lhes coube. Na verdade, um encontro verdadeiro com infinito essencial do finito acidental. Por isso, querido menino – assim serás mesmo quando todos os teus cabelos estiverem prateados - exalto o teu valor. Deixas a tua marca na vida como um peregrino aos sedentos no deserto. Tu tens muito valor. Sei que sabes quem és, mas ainda não inteiramente, porque só tuas pegadas podem dizê-lo, visto que já passaram e podem falar. Só quem fica atrás pode sabê-lo em essência.É o mistério dos mistérios. Que te multipliques menino, aliás já o fizeste física e moralmente. Que tua faina divina de te multiplicares seja com o sal da fé , da qual és instrumento e nunca poderás deixar de ser. Que nutras sempre a esperança que baila nos teus olhos e alimenta todos os teus sonhos. Que todos se concretizem e as metas que traçares sejam, em breve, fruto sazonado em tuas mãos. Um carinhoso abraço de admiração, pois estás sempre em meu pensamento, em minhas emoções. Eu não procuro motivos fora do meu coração para viver a vida, posto que a vivi como foi possível, com erros e méritos e muito esforço. De nada mais me queixo, pois se – ainda não estou na beira da parte de fora do poço – já fiz muito e continuo a fazer. Que Deus contemple os teus méritos, menino, e tua aura permaneça iluminada e iluminando o teu caminho. Sua mãe Luandro
Enviado por Luandro em 17/02/2014
Comentários
|
Site do Escritor criado por
Recanto das Letras